segunda-feira, 23 de maio de 2011

SONETO EMPARELHADO PR'UM ATO FALHO

Nada além do gosto amadeirado na boca.

Ele contrai os dentes e range a alma rota.

Primeiras e segundas intenções deviam-lhe bastar,

Mas as intenções do moço nunca lhe vieram em par.



Agora paga o preço por ser tão leviano.

Ajeita os farrapos e segue com seu plano.

E equilibra-se apenas na vontade de se retratar

Que nem todo destilado dessa terra há de cessar.



Oh pequenino! Agora pesa-lhe a deslealdade

Que outrora sorveu sem nenhuma ingenuidade.

Agora segue seu caminho com o peito a ribombar.



Oh pequenino! Esconda-se atrás da carcaça boçal!

Justifica a tua fraqueza na inteligência amoral!

E engana a ti mesmo, jurando não mais errar.




(Ausente de sílabas poéticas regulares assim como a minh'alma)