terça-feira, 5 de maio de 2009

Vegetando...

As folhas caem...
Caem e o soterram em um eterno outono.
Jamais irão parar de cair, se você deixar...
Soterre-me em tua densa seiva e me deixe feito estátua vitrificada em âmbar!
Admire-me em meu novo layout sensualmente amórfico!
Se desejar...
E que escorra clorofila de minha boca se um dia jurei teu santo nome em vão!
Meu caro, minhas raízes são tão profundas quanto tua idiossincrasia, por isso caio e te faço tropeçar.
Mas não me culpe, pois se padeço é por teu solo pobre em nutrientes.
Só peço pra que não me inclua em teus planos, pois já passei dos galhos das idéias férteis, distribuídas em grãos.
Pois a mim não importam teus fortes rebentos embebidos em látex.
Plasticamente orgânico...

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