quinta-feira, 12 de agosto de 2010

DESOPILANDO...


E o que me resta senão o teu verb to be mal conjugado, teu parnasianismo barato e pretensioso.

Duas pedras de gelo, e mais uma dose de ego travestido em poesia.

E eu que nunca fui boa em assuntos acabados e com algum nexo.

Nada contra assuntos que fazem realmente algum sentido, mas francamente, acho tão enfadonho...

E tipos como tu tão previsíveis que chegam a surpreender.

Contraditório, confesso. Mas sabe aquelas coisas que são tão óbvias que chegam a nos causar dúvidas?

Às vezes não entendo por que insisto em cultivar certas coisas.

Meu tédio nunca resistiu a certas excentricidades, por mais piegas que fossem (existe pieguice excêntrica?), talvez pra compensar alguma fragilidade, ou mesmo a falta de...

Como é mesmo o nome daquele treco que sempre falta?

Acho que ainda não inventaram.

E se o meu não-talvez-quem sabe-sempre-sim tão bem ensaiado resolvesse algo que não fosse meramente ilustrativo talvez houvesse algo a que me prender.

Mas também o que seria da vida sem certas desnecessariedades não?

Acho que tem algo a ver com aquela coisa da gente ter que se sentir vivo, disposto entre outras ladainhas de bem-estar e blá-blá-blás dessa gente que acha que pensa e sabe o que está fazendo assim como...

Assim como eu?

Deve ser esse meu jeito fechado, displicente com tudo, o inconsciente deve tentar compensar de alguma forma.

But the time is gone and the song is over...

E acho até que fico bem vestida assim.

Esse certo ar de “não sei o quê” revigora, não por falta de vocabulário, mas pela beleza da incerteza mesmo.

Vai ver que o “não saber” com o passar do tempo aumente o valor dessas coisas não sabidas.

Receio que quando descobrir o valor seja alto demais.

Faça suas apostas!

And play the game baby!

E depois, tu nem sabe fazer de outro jeito.

Um comentário:

Cecília disse...

"Como é mesmo o nome daquele treco que sempre falta?"

acho que quando alguém souber nomear essa coisa, será a palavra mais usada de todas!