E o que me resta senão o teu verb to be mal conjugado, teu parnasianismo barato e pretensioso.
Duas pedras de gelo, e mais uma dose de ego travestido em poesia.
E eu que nunca fui boa em assuntos acabados e com algum nexo.
Nada contra assuntos que fazem realmente algum sentido, mas francamente, acho tão enfadonho...
E tipos como tu tão previsíveis que chegam a surpreender.
Contraditório, confesso. Mas sabe aquelas coisas que são tão óbvias que chegam a nos causar dúvidas?
Às vezes não entendo por que insisto em cultivar certas coisas.
Meu tédio nunca resistiu a certas excentricidades, por mais piegas que fossem (existe pieguice excêntrica?), talvez pra compensar alguma fragilidade, ou mesmo a falta de...
Como é mesmo o nome daquele treco que sempre falta?
Acho que ainda não inventaram.
E se o meu não-talvez-quem sabe-sempre-sim tão bem ensaiado resolvesse algo que não fosse meramente ilustrativo talvez houvesse algo a que me prender.
Mas também o que seria da vida sem certas desnecessariedades não?
Acho que tem algo a ver com aquela coisa da gente ter que se sentir vivo, disposto entre outras ladainhas de bem-estar e blá-blá-blás dessa gente que acha que pensa e sabe o que está fazendo assim como...
Assim como eu?
Deve ser esse meu jeito fechado, displicente com tudo, o inconsciente deve tentar compensar de alguma forma.
But the time is gone and the song is over...
E acho até que fico bem vestida assim.
Esse certo ar de “não sei o quê” revigora, não por falta de vocabulário, mas pela beleza da incerteza mesmo.
Vai ver que o “não saber” com o passar do tempo aumente o valor dessas coisas não sabidas.
Receio que quando descobrir o valor seja alto demais.
Faça suas apostas!
And play the game baby!
E depois, tu nem sabe fazer de outro jeito.
Um comentário:
"Como é mesmo o nome daquele treco que sempre falta?"
acho que quando alguém souber nomear essa coisa, será a palavra mais usada de todas!
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